Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CONTO - A NOTA FISCAL

(PARA SER LIDO PELO FACILITADOR, interagindo com os presentes, conforme orientações em itálico.)
O facilitador (pessoa que esteja conversando com as crianças) deve perguntar aos presentes se têm se lembrado de pedir desculpas, de usar o “faz favor”, de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las e de agradecer pelas gentilezas que tenham recebido.

Conto:
Certo dia Mariazinha chegou da escola toda eufórica e foi logo dizendo:
– Mamãe, um coleguinha me ofereceu um celular bem baratinho. Compra pra mim, mãezinha, compra!
– Bem, se o preço é bom e ele tiver nota fiscal... – respondeu dona Ilka.
– Que é nota fiscal? – perguntou Mariazinha, curiosa.
– A nota fiscal é um documento importante que a loja dá ao cliente, quando este faz uma compra – explicou dona Ilka. – É a garantia de que aquele produto não foi roubado.
– Não entendi, mãe. O que essa tal de nota fiscal tem a ver com roubo?
Deixando de lado o que estava fazendo, dona Ilka se pôs a explicar:
– Um objeto que alguém esteja querendo vender sem nota fiscal pode ser produto de roubo. Os ladrões geralmente repassam os produtos de seus roubos a outras pessoas para vendê-los. Como não podem apresentar uma nota fiscal, já que não compraram esses objetos, eles os vendem a preços bem mais baixos.
– Que pena! – murmurou Mariazinha.
Dona Ilka, vendo o ar entristecido da filha, ponderou:
– Pense bem, minha filha. Como você se sentiria se estivesse andando pela rua com um aparelho desses, ouvindo música e de repente aparecesse alguém que o arrancasse de você e saísse correndo?
– Horrível, mãe. Não quero nem pensar...
– Pior ainda – continuou dona Ilka – é quando os assaltantes entram numa casa, rendem todas as pessoas que lá estão, trancam-nas num banheiro e roubam tudo que podem.
– Ai, mãe, que horror! – exclama Mariazinha com ar assustado.
– E é ainda pior, minha filha, quando eles ferem ou matam pessoas para roubar. ­
Mariazinha não sabia o que dizer. Finalmente havia entendido o quanto é horrível comprar objetos roubados. Comentou:
– Quer dizer que a gente só deve comprar coisas de segunda mão com essa tal de nota fiscal...
– Exatamente – disse dona Ilka. – A nota fiscal é um documento que mostra que aquele objeto foi comprado e não roubado. Comprar alguma coisa de segunda mão, sem essa documentação, só mesmo de pessoas que conhecemos muito bem, sabendo a procedência do objeto. Se compramos sem nota fiscal, podemos estar colaborando com os ladrões.
Mariazinha pensou por instantes e disse:
– Mãe, se todos obedecessem a essa norma, só comprando com nota fiscal, os ladrões deixariam de roubar porque não teriam a quem vender.
Dona Ilka sorriu orgulhosa da perspicácia da filha e voltou a seus afazeres.

Essa narrativa nos mostra como é importante estarmos sempre atentos para agir da forma certa e com honestidade.
No Brasil há tanta corrupção porque nós permitimos e colaboramos até mesmo em situações que nem percebemos, como essa da nota fiscal. Mas há muitas outras situações assim. Digamos que vamos a um cartório solicitar um documento e o funcionário nos diz que, se pagarmos uma taxa extra, o documento fica pronto mais depressa. O que vocês acham? Isto seria honesto?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar o tema, lembrando que o pagamento dessa taxa não deixa de ser uma propina, já que o cartório tem obrigação de servir igualmente a todos e, com isso, os outros que terão de esperar o prazo normal para receberem seu documento acabam ficando prejudicados.



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