Vocês já viram uma manada de vacas? Sempre há uma
que é a líder e que leva um sino no pescoço. Para onde ela vai, as outras vão
também.
O ser humano também tem essa tendência de seguir
líderes. Uns são bons porque levam seus seguidores para boas ações, mas outros
não prestam, levam seus liderados para o lado mau da vida. Esses são daqueles
que fazem filmes de violência, “vídeo games” com jogos violentos que levam as
pessoas a se acostumarem com a ideia de agredir e de matar. Também há os que
incentivam o fumo e as bebidas alcoólicas, os que usam drogas e levam outros a
isso. Esses líderes do mal sempre encontram pessoas que as seguem e que passam
a agir da mesma forma que eles.
Isso acontece também com adolescentes e até com
crianças. Para se enturmar com os outros, acabam fazendo as mesmas coisas que eles.
Por isso, é muita bobagem fazer coisas erradas só
para se enturmar, para fazer parte de um grupo.
Quando a turma é do bem, é diferente. Existem
turminhas que se reúnem para estudar, praticar um esporte, fazer alguma
atividade beneficente, etc., e isto é bom.
O facilitador
deve socializar o tema, com foco na realidade local, alertando para os perigos
existentes.
A vida é assim como um caminho que percorremos, indo
e voltando. Na ida vamos plantando sementes com as nossas ações, e na volta
temos de colher aquilo que plantamos.
Por isso, tudo que fazemos ou deixamos de fazer é
muito importante.
É como o caso dos irmãos gêmeos Duda e Edu. Eles
eram de uma família muito bem sucedida. O Edu achava que não precisava se
esforçar para estudar porque a família podia sustentá-lo. Já o Duda entendia
que era ele mesmo quem precisava cuidar do seu futuro, pois esse é o dever de
todo cidadão.
Aí é fácil imaginar o que aconteceu. O Duda estudou,
formou-se numa profissão da qual gostava muito; casou-se, teve filhos e vivia
feliz com sua família.
Já o Edu faltava às aulas, não se importava com os
estudos e passava a maior parte do tempo jogando “video game”. Aos 13 anos,
como não gastava seu tempo com estudos, começou a andar com uma turma que usava
drogas. Duda procurou aconselhá-lo, mas ele dizia que não iria ficar viciado,
que tinha controle sobre si mesmo e que fumar um baseado com os amigos de vez
em quando não faria mal algum...
Só que fez mal... muito mal.
Quando percebeu, Edu já estava completamente
viciado, sem controle.
Foi um horror!
Todo o dinheiro da mesada ia para a compra de
drogas.
Aos poucos foi usando drogas mais pesadas e, quando
o dinheiro da mesada acabava, ele tratava de furtar. Furtava dos pais, dos
colegas e até das amigas da mãe, quando iam visitá-la.
Um dia, sem dinheiro e desesperado para comprar
drogas, apanhou o revólver do pai e saiu para assaltar. Porém o homem a quem
ele abordou reagiu, e, Edu, nervoso, atirou nele, matando-o.
Foi apanhado e encaminhado a um abrigo para menores
perigosos. Ali vivenciou um verdadeiro inferno. Além das condições precárias em
que passou a viver, sentia falta da droga. Seu organismo, acostumado ao vício,
causava-lhe terríveis sofrimentos.
Finalmente, depois de quatro anos infernais, foi
solto e voltou para casa.
Vocês acreditam que os sofrimentos de Edu terminaram
por aí?
Não, não terminaram. Ele tinha deixado de usar
drogas, aliás, ficava horrorizado só com a ideia de voltar a usá-las. Mas esses
vícios não se acabam assim, facilmente. Quem foi dependente de drogas um dia
precisa passar o resto da vida se cuidando para não ter uma recaída.
A consciência de Edu vivia em brasas. Era horrível
quando se lembrava do homem que matara. Ficava perguntando a si mesmo: “Será
que ele tinha família, filhos?”
Foi aí que tomou uma decisão muito acertada. Voltou
a estudar, dessa vez com muita dedicação, e conseguiu se formar em medicina. Foi morar
no interior para trabalhar no hospital daquela cidade. Ali, sempre chegavam
pessoas feridas a bala. Edu, então, lembrando-se do homem que matara, fazia
tudo que podia para salvá-las. Enquanto fazia a cirurgia para retirar a bala,
ele ia orando, pedindo a Deus para ajudá-lo e para ajudar o paciente a se
salvar.
Assim, em muitas ocasiões ele conseguiu salvar
pessoas em situação muito precária; parecia impossível que conseguiriam
sobreviver. Sempre que isso acontecia, Edu sentia sua consciência um pouquinho
mais aliviada.
Quem sabe dizer por que Edu se esforçava tanto para
salvar seus pacientes?
O facilitador
deve incentivar respostas e socializar a conversa, lembrando que a consciência
de Edu pesava muito por causa do homem a quem matara; assim, salvar vidas era
como se estivesse diminuindo a própria culpa; deve enfatizar também a
importância de agir sempre direito, com honestidade e com responsabilidade,
para nunca gerar pesos na consciência.
Mas existem também outros tipos de vícios, como os
que envolvem jogos eletrônicos.
Há pessoas que jogam durante algum tempo e depois
vão cuidar de outros afazeres, sem nenhum problema. Mas, quando o jogo se torna
um vício, ele passa a ser prioridade na vida dessas pessoas. É como o caso do
Jair. Quando voltava da escola, já vinha pelo caminho antecipando o prazer que
sentiria ao jogar e, assim que entrava em casa, corria logo para o “video
game”.
Mal fazia os deveres da escola e tinha grande
dificuldade para levantar pela manhã, porque ficava jogando até de madrugada.
Isto aconteceu até que os pais descobrissem o que estava ocorrendo. Foi aquela
bronca, e Jair prometeu que iria jogar apenas uma hora por dia, mas, como
sempre acontece com os vícios, eles são fortes, e Jair acabou voltando aos
antigos hábitos.
Para solucionar o problema, seus pais tiveram de
jogar fora o “video game”, depois de quebrá-lo, para que não viesse a viciar
outras crianças.
Foi muito difícil ao Jair conseguir livrar-se dessa
dependência. Ele sofreu muito, mas finalmente conseguiu.
Vocês conhecem alguém viciado em jogos eletrônicos
que conseguiu abandonar o vício?
O facilitador
deve incentivar respostas e socializar a conversa.
Os jogos violentos ou agressivos, tão comuns nos
jogos eletrônicos, vão criando a ideia de que agredir e matar é uma coisa
comum, simples, sem problemas... E isto fica no inconsciente, estimulando a
violência e destruindo a afetividade.
Por isso, se for jogar, procure jogos não violentos.
Também os filmes a que assistimos fazem o mesmo
efeito. As cenas marcantes ficam em nosso inconsciente durante muito tempo. Por
isso, se quiser ver um filme, procure um filme bom, sem violência e sem terror.
Agora que já falamos sobre vícios e sobre violência,
refletindo sobre o mal que eles nos fazem, vamos fazer um exercício de
harmonização.
Vamos respirar fundo algumas vezes para relaxar... (dez segundos)
Vamos imaginar que estamos no campo, em meio à
natureza... (cinco segundos)
Aqui só se ouve o canto de pássaros e o roçar das
folhas tocadas pela brisa... (cinco
segundos)
Procuremos sentir essa paz, essa quietude... (cinco segundos)
Observemos como ela nos deixa calmos, relaxados... (cinco segundos)
Pensemos no Criador de todas as coisas, que fez
tantas coisas tão belas, assim como as plantas, as flores, os riachos de águas
cristalinas, as matas e os pássaros...
(cinco segundos).
Vamos aproveitar este momento para uma prece:
“Senhor da Vida, pedimos a tua benção para o nosso
planeta. Abençoa a Terra, a natureza e também a humanidade; ajuda as pessoas a
serem mais pacíficas, mais fraternas e a terem mais equilíbrio em tudo; abençoa
nossos lares, nossos familiares e nos ajuda sempre a vivenciar a Grande Lei, a
lei do amor. Assim seja.”
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