Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CONTO - A MENTIRA

(PARA SER LIDO PELO FACILITADOR, interagindo com os presentes, conforme orientações em itálico.)

Quem de nós tem conseguido ser uma pessoa pacífica?

O facilitador (a pessoa que esteja conversando com as crianças) deve incentivar respostas e socializar o tema.

Agora vamos conversar sobre a mentira. Algum de vocês tem o costume de mentir?

O facilitador deve incentivar respostas.

Ana Rosa era uma garota inteligente, estudiosa e educada. Era filha de um empresário bem sucedido, que viajava muito. A mãe era médica e passava grande parte do seu tempo no hospital. Com isso a garota pouco via os pais.
Tudo começou com uma mentirinha aqui, outra ali, e logo, logo Ana Rosa já mentia, tanto nas pequenas, quanto nas grandes coisas.
Os colegas sempre lhe diziam que um dia ela se daria mal por causa disso, mas, como estava gostando muito do que entendia ser apenas uma brincadeira, não lhes dava importância.
Certo dia, como o pai estava viajando e a mãe de plantão no hospital, ela achou que poderia pegar um cineminha com as amigas ao sair da escola. Ligou para casa e, mentindo, disse à cozinheira que iria almoçar na casa de uma amiga e passar a tarde com ela, mas, assim que pisou na rua, viu-se sequestrada por dois homens e uma mulher, e levada para um cativeiro.
Apesar de muito assustada e com medo, começou a pensar numa forma de se libertar. Para isso, precisava estar atenta a tudo e foi assim que conseguiu ouvir uma conversa entre os sequestradores e reconheceu a voz de um deles. Era o Antônio, que tinha sido jardineiro da sua casa.
Ana Rosa era esperta e, aproveitando um descuido da mulher que estava tomando conta dela, conseguiu apossar-se do seu celular, sem que a mulher percebesse.
Ligou para casa e foi a cozinheira quem atendeu. Falando baixinho, informou que tinha sido sequestrada, mas a cozinheira riu e desligou o telefone. Ana Rosa entendeu que a cozinheira achou que ela estava mentindo, como era seu costume. Desesperou-se, mas nada poderia fazer, pois precisava devolver o celular, já que a sua carcereira estava voltando.
Foram doze dias de cativeiro em condições muito precárias. Naquela triste situação e com medo de ser morta pelos sequestradores, Ana Rosa teve muito tempo para refletir. Se não fosse uma pessoa mentirosa, a cozinheira lhe teria dado atenção e ela lhe teria informado que o Antônio era um dos sequestradores. Com essa informação a polícia teria muito mais facilidade para encontrá-la, mas agora... Que seria dela?  
Finalmente seu cativeiro foi encontrado e ela posta em liberdade, mas já não era mais a garota mentirosa de antes. Ana Rosa tinha aprendido a lição.

Mas há muitos tipos de mentira. Há mentirinhas pequenas que acreditamos não serem importantes e que nunca irão causar algum mal, mas vimos, no caso da Ana Rosa, que as suas mentirinhas foram muito prejudiciais, tanto para ela quanto para sua família.
Há mentiras maiores, mais graves, quando não temos coragem para dizer a verdade ou quando acreditamos que, se dissermos a verdade, vamos nos prejudicar.
É certo que existem situações nas quais é preferível não dizer a verdade, se ela for machucar ou prejudicar alguém.

Mas existem também as mentira que aplicamos a nós mesmos.
Exemplo 1 – Digamos que João fale mal de Antonio para nós. Então, vamos contar ao Antônio o que João disse. Nossa consciência nos diz que estamos fazendo fofoca e que isto não está certo, mas damos a nós mesmos a desculpa de que o Antônio tem o direito de saber o que falam dele... Com isso, estamos mentindo para nós mesmos.
Exemplo 2 – Digamos que a nossa turma está planejando alguma ação que nossa consciência diz que é errada, mas procuramos nos convencer de que não é tão errada assim; que é importante participar do que a turma faz, etc. Com isso, estamos mentindo a nós mesmos.
Quando ainda somos crianças, começamos a aprender o que é certo e o que é errado. Então, é importante aprendermos a viver de acordo com o que é certo, porque só assim poderemos ter a consciência em paz e sentir felicidade verdadeira.



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